Encarar o sofrimento de frente fez Sharon Salzberg uma das mais reconhecidas professoras budistas. Lindsay Kyte conversa com Salzberg sobre a sua difícil trajetória de vida, estabelecendo a bondade-amorosa (loving-kindness) como uma prática chave no budismo americano, e como todos nós podemos encontrar a verdadeira felicidade.
Tradução por Lucas Almeida, do original em inglês.
Sharon Salzberg conhece o sofrimento. Aos 9 anos, ela estava vestida com sua fantasia de dançarina de balé no Halloween, assistindo Nat King Cole na televisão, quando algo horrivelmente errado aconteceu. A mãe dela começou a sangrar violentamente e foi levada entre o pânico das luzes da ambulância. Essa foi a última vez que Salzberg viu sua mãe, que morreu duas semanas depois.
Salzberg foi enviada para viver com suas avós, e quando ela tinha 11 anos seu pai, ausente, apareceu – um problemático, desarrumado estranho que a disse: “Você tem que ser dura pra sobreviver na vida”. 6 semanas depois, ele sofreu uma overdose por pílulas de dormir, e pela segunda vez, Salzberg assistiu um de seus pais sendo levando por uma ambulância.
Os adultos na vida dela nunca conversaram sobre perda ou luto, e Salzberg aprendeu que o silêncio significava segurança. Mal sabia Salzberg que um dia, mergulhar no coração do seu sofrimento seria o seu maior professor – e a faria a renomada mestre budista que é hoje.
“Não havia nenhuma afirmação do mundo externo sobre o que eu experienciava internamente. Eu me senti congelada e infeliz”, diz Salzberg. “Eu acho que é sempre o caso quando se esconde a verdade das crianças, embora seja difícil encarar a verdade”.
Salzberg escreve no seu livro “Faith” que ela se sentiu como se vivesse uma existência separada, borrada do resto do mundo. “Sentindo-me tão diferente, eu gostava de viver com segurança mais do que qualquer coisa, vendo a vida à distância; nunca realmente me comprometendo”.
“Embora fosse difícil, eu pensei ‘Há verdade aqui. É isso’ “
Mas algo dentro dela sabia que havia algo mais: “Havia alguma voz interior que era muito positiva”, ela recorda. “Eu estava esperando, porque eu pensava que havia algo, algo bom aí fora”.
Quando a pergunto de onde veio esse senso de possibilidade, Salzberg movimenta os ombros como quem não sabe uma resposta. “Isso vai além de mim”, ela ri.
Na universidade, Salzberg ingressou em uma aula de estudos asiáticos, onde pela primeira vez ouviu falar da primeira nobre verdade do Buda – porque nascemos, experimentamos o sofrimento. Dentro dela algo se fez vivo. “Eu sabia que era verdade. As circunstâncias da minha própria vida confirmaram isso”, ela escreve. “Era como se fosse ‘Certo! Deve ser assim mesmo’”.
Embora ela nunca tivesse viajado além da Flórida, Sharon Salzberg decidiu ir para a Índia para estudar meditação. “Os métodos não estavam disponíveis no Ocidente como agora”, ela explica. “Se você realmente quisesse praticar, de um jeito ou de outro você tinha que sair da sua realidade convencional”.
Poucos dias antes da sua partida, ela foi conversar com o famoso mestre tibetano Chögyam Trungpa Rinpoche. Quando Salzberg o perguntou por recomendações sobre o que ela deveria fazer na Índia, ele respondeu “In this matter, you had best follow the pretence of accident.”
Salzberg não tinha ideia do que isso significava. Era o primeiro sinal de que seria uma jornada além de qualquer coisa que ela já havia experimentado.
Chegar na Índia foi assustador. Salzberg escreve que ela “nunca havia visto a vida disposta tão abertamente antes, com alegria e sofrimento misturados ao mesmo tempo. Nada parecia estar escondido, e não havia onde eu ir para me esconder”. Entretanto, a sua aventura para achar um professor se mostrou infrutífera até ela ouvir Daniel Goleman, posteriormente o autor do best-seller Inteligência Emocional, mencionar um retiro de meditação em Bodhgaya.
Quando Salzberg chegou lá, ela procurou por longo tempo a árvore Bodhi onde é dito que Buda atingiu a iluminação. Lá ela encontrou um idoso monge tibetano que a ofereceu sementes da árvore Bodhi para comer. Seu nome era Khunu Rinpoche, e ele foi um dos mestres de Dalai Lama. Sentada ao lado dele, Salzberg começou a sentir a possibilidade de se definir por outra coisa que não as suas dores de lutas familiares, de ‘saber, mesmo entre um grande sofrimento, que podemos ainda pertencer à vida, que nós não estamos colocados de lado nela e sozinhos”.
O retiro de 10 dias foi conduzido por S.N. Goenka, um antigo comerciante indiano e famoso mestre de meditação vipassana (insight). Ele disse aos participantes que o propósito da prática era ver e e livrar de velhos padrões. Salzberg ficou surpresa com as emoções que começaram a surgir.
“Eu sabia que eu me sentia com medo? Com raiva? Provavelmente não, até ir para a Índia, e então foi como whoahhhh!”, ela se recorda. “Embora fosse difícil, do momento que eu comecei, eu pensei “Há verdade aqui. É isso. Havia um sentimento profundo de certeza”.
Salzberg encontrou um senso de comunidade entre seus amigos do retiro. O renomado curso de Goenka incluía muitos ocidentais que se tornariam figuras que liderariam o crescimento da espiritualidade oriental no Ocidente, como Ram Dass, Joseph Goldstein, Jack Kornfield, Mirabai Bush, Krishna Das, Dan Goleman, e, claro, Salzberg.
“Muitos de meus amigos próximos são ainda pessoas que eu conheci no meu primeiro retiro em janeiro de 1971”, ela diz. “Quando eu digo que todos os seres querem ser felizes, o que na verdade quero dizer é que nós todos queremos algum sentimento de pertencimento”.
Colocando sua fé numa tradição e num corpo de conhecimento deu a Salzberg um senso de confiança. “Eu tomei refúgio no Buda com muita felicidade”, ela diz. “Havia uma autenticidade ou integridade no que aprendíamos. Havia um senso de que você não estava sozinho – há sabedoria aqui, pessoas fizeram isso antes, eles percorreram esse caminho”.
No dia final de retiro, Goenka introduziu a prática da metta, ou bondade-amorosa. “Eu nunca tinha estado tão em casa, nunca tinha estado tão feliz”, Salzberg diz. “Isso é pelo que tenho estado esperando, não surpreendentemente – um senso de amor incondicional”.
Ela experienciou outro tipo de amor quando ela conheceu Dipa Ma, outra nativa indiana mestre na tradição birmanesa de meditação. Dipa Ma definiu o curso da vida adulta de Salzberg. “Ela foi um modelo incrível, alguém que tinha sofrido tanto pessoalmente, bem mais que eu, e emergiu com tamanha compaixão e força”.
Com Dipa Ma, Salzberg sentiu o amor maternal que ele esteve desejando desde a morte de sua mãe. “Um amor incrível irradiava dela. Ela restaurativo. Era incrivelmente curativo”. Salzberg diz que bons mestres tornam-se como bons pais e podem ajudar os alunos a “reparentarem-se”. “Como é aquele ditado? Nunca é tarde demais para ter uma infância feliz? “.
Em 1974, Salzberg disse adeus a Dipa Ma porque ela estava retornando aos Estados Unidos para o que ela pensava que seria uma breve visita. Joseph Goldstein já estava ensinando meditação no Instituto Naropa no Colorado, e Dipa Ma disse a Salzberg: “Quando você retornar aos EUA, você ensinará junto com Joseph”. Salzberg disse “Não, não vou”, e Dipa Ma retrucou “Sim, você vai. Você realmente entende o sofrimento. É por isso que você deve ensinar”.
Salzberg diz que essa foi a primeira vez na vida dela que ela pensou que seu sofrimento poderia ter algum valor. “É muito, muito difícil olhar para a dor. Ela dizer isso pra mim realmente significou muito”.
Salzberg tinha 21 anos quando voltou aos EUA depois de 4 anos na Índia. Lá ela entrou no Instituto Naropa ensinando junto com outros colegas do retiro de Goenka, criando uma comunidade informal que produziria alguns dos mais reconhecidos e influentes nomes do budismo americano.
Quando ela começou a ensinar, Salzberg ficou aterrorizada por falar em público e fez Goldstein falar em seu lugar. “Todas essas mulheres íam até Joseph e gritavam com ele, dizendo ‘Por que você não deixa Sharon dar as palestras? Por que você não a deixa ter voz?’ “Salzberg ri. “Ele dizia ‘Eu estaria tão feliz se ela desse algumas palestras!”.
Salzberg diz que se refugiou do seu medo um tipo de dogmatismo. “Eu citava coisas de ensinamentos como se fosse meu conhecimento pessoal, em vez de apenas dizer ‘Essa é minha visão do que Buda disse’. Eu tive que passar por uma grande jornada em termos de ensinar”. Só quando ela decidiu falar sobre metta (bondade-amorosa) que ela começou a achar sua verdadeira voz como professora.
Salzberg e seus amigos começaram a ensinar e a conduzir retiros de meditação por todo o país, dormindo em sofás ou no chão. Então alguém disse “Por que vocês não criam um centro para fazer retiros? Seria um lugar onde a energia dos praticantes juntos não se dissipasse ao fim dos retiros”. Então Sharon Salzberg, Goldstein, Jack Kornfield e Jacqueline Mandell-Schwartz fundaram o Insight Meditation Society, um dos mais importantes institutos do budismo ocidental.
Eles acharam um antigo monastério católico de 80 acres de terra em Barre, Massachusetts, que foi vendido. Os 150 mil reais cobrados eram altos, mas com doações, empréstimos pessoais e uma hipoteca de 50 mil, eles conseguiram compra-lo.
Quando a pergunto se ela tinha fé que seus esforços dariam certo, ela ri “Não, nem um pouco. Nosso mantra na verdade no primeiro ano era ‘Podemos sempre ter que fechar no primeiro ano’. Mas deu certo. Deu maravilhosamente certo”.
O Insight Society Meditation (IMS) se estabeleceu em 14 de fevereiro de 1976, no “St. Valentine’s Day”. Não havia um modelo para o que estávamos fazendo. “Era a primeira vez que havia um centro, até onde eu sabia, que foi fundado e levado a frente por ocidentais sem aquela figura clássica de um asiático fosse aqui ou na Ásia”, diz Salzberg.
Foi um tempo de empolgação – e debate. Até a palavra “metta”, que adorna a porta de entrada do IMS, foi motivo de controvérsia. Algumas pessoas pensavam que deviam usar palavras em inglês, como “bondade amorosa”. “No final, acabou pegando”, diz Salzberg, e hoje metta é um termo reconhecido no vocabulário espiritual do Ocidente.
O que surpreendeu os fundadores foi a ânsia por uma comunidade por parte daqueles que foram praticar no IMS. “Comunidade era algo que tomávamos como certo, porque tínhamos isso. Eu não havia parado pra pensar como era meditar pela manhã e logo depois estar vendendo seguros ou algo assim pelo resto do dia, onde você sentia que ninguém compartilhava dos seus valores”, diz Salzberg. “Levou um tempo para eu perceber que as pessoas se sentiam sozinhas nessa sociedade.
Não havia programação para o primeiro mês de existência de IMS, então Salzberg decidiu imergir na prática da metta, algo que ela só havia feito antes como cerimônia de encerramento em retiros.
“Eu pratiquei a metta por uma semana inteira e apenas fiquei repetindo essas frases, e não senti absolutamente nada”, ela diz. “Então um dia, eu deixei cair uma grande jarra de vidro e se despedaçou, pedaços foram para todos os lados. Eu percebi que o primeiro pensamento que me veio à mente foi ‘Você realmente é uma desastrada. Mas eu te amo.’ Eu pensei ‘Olha isso! Algo está acontecendo’ “.
Salzberg diz que isso é uma lição que ela testemunhou repetidamente. “As pessoas esperam uma enxurrada de sentimentos, como uma revelação – ‘Eu finalmente havia me amado’, ou ‘Eu finalmente perdoei aquele canalha’. Primeiramente, não acho que as coisas sejam definitivas, e, mais frequentemente, é gradual e muito, muito, profundo o processo. Mudanças muito profundas acontecem internamente, mas são muito mais sutis”.
Metta e mindfulness se tornaram o principal foco dos ensinamentos e práticas de Salzberg. “Eu pensava em metta como amor incondicional. Eu havia aprendido as palavras ‘bondade amorosa’ como a tradução padrão de metta, mas quando estou ensinando agora normalmente digo ‘conexão’ – um profundo senso de conexão. É perceber o outro, que todos querem ser felizes, e que nossas vidas tem algo em comum com a dos outros”.
Como a reputação de IMS foi crescendo, a de Salzberg como professora também cresceu. O crescimento dela foi iniciado antes pelo professor birmanes Sayadaw U Pandita no início dos anos 80. Naquela época, Salzberg estava meditando por quase duas décadas. Ela sentiu-se livre de muito dos seus sentimentos de sofrimento da infância, veio a conhecer o próprio sofrimento e dos outros, e pensou que sabia o poder do amor e da compaixão.
Mas durante um retiro na Austrália, Salzberg sentiu algo se modificar, e a memória traumática do falecimento de sua mãe veio à tona. Ela entrou em desespero e pânico e foi conversar com U Pandita sobre isso. Ele simplesmente disse a ela “tenha atenção plena à dor”. Embora ela tenha tentado, ela sabia que ela ainda estava recusando encarar o sofrimento frente a frente. Uma noite, sob um céu estrelado, Salzberg mais uma vez pensou no seu amado Dipa Ma, e como ela havia encontrado fé e amor mesmo angustiada. “Eu pensei que mesmo se um extremo sofrimento servia para ter fé, então o meu sofrimento do meu próprio desespero devia também conter um pedaço de luz”, ela escreve.
Sob o direcionamento de U Pandita , Salzberg começou a ver esse capítulo da sua prática como um processo pela dor, que poderia expor a vulnerabilidade num nível mais profundo.
“Eu pensei que Dipa Ma estava certo. É bom para um professor, certamente um professor ocidental, ter passado por muitas coisas, porque você realmente entende muitas coisas”, Salzberg diz. Ela viu que seu sofrimento podia servir como conexão para outros, e começou a recuperar um senso de propósito, trabalhando para liberar sua mente para o benefício de todos os seres.
Hoje, Salzberg é uma voz reconhecida, autora de vários livros, e uma das mais importantes figuras do budismo estadunidense. Ela diz que aqueles que se sentem atraídos por seus ensinamentos frequentemente sentem uma conexão com seu conhecimento sobre o sofrimento.
“As pessoas dizem pra mim ‘Eu quero descobrir meu coração’ ou ‘Eu não acho que eu tenho um coração’ ou ‘Eu me odeio’ ou ‘Estou carregando esse fardo dessa pessoa que me machucou’ “. Salzberg reconhece a si mesma nesses estudantes: “Eu costumava dizer para mim mesma ‘Isso é errado. Isso é ruim. Ninguém mais sente isso também”.
Conhecer nosso sofrimento intimamente é essencial para liberar-se dele, diz Salzberg. Ela diz que devemos levar em conta o que encontramos sem julgamento, sem segurar ou afastar qualquer experiência e sem culpar a nós mesmos. “O que surge na mente não é algo que possamos controlar. Podemos mudar a base, em algum grau, como que tipo de emoções tenderão a surgir, mas não podemos impedir as coisas de surgirem. Todo momento é de condições surgindo juntas e se afastando. Como nos relacionamos com o que surge na mente é o que é mais importante”.
Salzberg diz que através da prática da meditação podemos aprender a considerar o sofrimento como um meio de ver mais profundamente, de conhecer melhor a nós mesmos, e a discernir o que realmente nos faz feliz. “Por que sofrer desnecessariamente se é um pensamento distorcido que está trazendo aquele sentimento à tona?”, ela pergunta. Em se tornar mais consciente do nosso sofrimento, ela explica, nós também descobrimos que sempre há um lugar intacto dentro de nós, um espaço aberto de consciência que pode enfrentar tudo sem ser danificado. Percebemos que não precisamos ficar paralisados pelo sofrimento.
Contudo, Salzberg também reconhece que às vezes recuar pode ser a única opção. “É provavelmente uma escolha inteligente em muitas circunstâncias. Pra mim, foi adaptativo sob muitas circunstâncias, com as armas que eu tinha às mãos naquele tempo”.
Em vez de nos cobrar por aquilo que “não estamos sentindo”, Salzberg diz que ao estar paralisado e “dormente” precisamos prestar atenção nisto. “Por muito tempo eu pensei que eu precisava experimentar algo profundo. Então quando algo que parecia superficial surgia, eu tentava forçar a barra e pensava “O que está por trás disso? O que há embaixo disso?”
“Então eu percebi que o que eu estava praticando era insatisfatório. Eu não gostava do que estava lá, então eu pensei que devia haver algo diferente mais abaixo. Eu aprendi que a prática de mindfulness (atenção plena) é favorecida mais pela frequência, por mais momentos constantes de atenção plena, mesmo se esta coisa da qual você está atento e consciênte pareça superficial. Então, em vez de praticar insatisfação, eu podia trabalhar em ter mais momentos de atenção plena”.
Além da consciência, fé em nós mesmos e em nossas verdadeiras capacidades levam a liberação do sofrimento, diz Salzberg. “Falta de fé no nosso potencial limita nosso senso de possibilidades a conceitos habituais. Isso nos impede de perceber quem podemos nos tornar”. Não importa que histórias acreditamos sobre nós mesmos, escreve Salzberg, abaixo delas repousa nossa própria natureza de buda. “O amor e a conscinência plena estão presentes independentemente de nossos condicionamentos ou backgrounds, medos e traumas pessoais. Isto não é destruído, não importa pelo que passamos ou iremos passar. Embora algumas pessoas estejam completamente distantes dessa capacidade – elas não a localizam ou não confiam nela – sempre está lá”.
Salzberg destaca o valor de um amigo espiritual, um kalyanamitta, para apontar pontos cegos ou para regular emoções que nos deixam sobrecarregados. “As pessoas não tendem a praticar meditação hoje como antigamente, com um mestre que realmente te conhece, que pode te avaliar e dizer ‘Talvez você esteja tentando demais e esteja muito crítico ou ‘Talvez você realmente esteja recuando e não está envolvido’ “.
“Não é fácil encarar a dor”, ela reconhece. “Nós utilizamos todos os tipos de coisas, incluindo o dharma, com a intenção de não encarar a dor. É fantástico se você tem um terapeuta, ou um professor, ou uma pessoa que você conhece que vai te ajudar a não evitá-la.
E Salzberg nos lembra para termos um senso de humor sobre tudo. “Em vez de surtar e se envergonhar com as coisas que surgem na nossa mente, ajuda se vermos estas coisas como algo engraçado. Eu acho que evoca um relacionamento correto de vários modos, porque desta forma há um senso de espacialidade”.
“Nós podemos emergir de qualquer sofrimento que encontremos, não destruídos ou amargurados, mas com como uma fonte sempre renovadora de fé inabalável.”, Salzberg escreve. Se alguém conhece a verdade dessas palavras, é Sharon Salzberg, por encarar o seu profundo sofrimento que foi a chave para sua vida de conexão, comunidade e autocompaixão – e para os ensinamentos que tem ajudado várias pessoas a encarar e aprender com o sofrimento delas também.