Algumas pessoas que vêm para as minhas oficinas pensam que todos os seus problemas serão curados, como mágica, em uma sessão. Infelizmente, dificilmente funciona dessa maneira. Hoje em dia, estamos condicionados a querer uma “solução rápida” e resultados imediatos. Se meditarmos verdadeiramente com total sinceridade e abertura, pode fazer a diferença mesmo em um fim de semana. Mas temos que continuar —keep going.
Não muito tempo atrás, um grande professor budista proferiu uma palestra a um público ocidental, aconselhando-os a meditar um pouco todos os dias. “Pode não fazer diferença no curto prazo”, disse ele, “mas em semanas, meses, anos ou talvez décadas, você vai sentir algo diferente.” As pessoas começaram a rir. Eles queriam ouvi-lo dizer que todos os benefícios seriam alcançados imediatamente. Mas, pode levar tempo, e isso desencoraja muitos de nós. Se resolvermos praticar esta semana por dez horas e não mudarmos completamente depois disso, estamos prontos para desistir. Achamos que não está funcionando.
Durante anos, grande parte de nossa energia se dissipou com preocupações com problemas e sobre o que queremos. Isto é como uma meditação negativa. Estamos nos treinando na direção errada. Reverter isso leva mais do que algumas horas ou dias.
Precisamos ser pacientes e consistentes. Nós comemos todos os dias. Não nos questionamos sobre isso. Mas quando se trata de meditação, de alguma forma pensamos: “Eu fiz isso uma vez; eu não quero fazer isso de novo. ”
A chave é fazer da meditação uma parte de nossas vidas, como tecer um fio no tecido de uma tapeçaria. Trazer uma atitude de alegria para nossa meditação ajuda tremendamente. Também nos ajuda reavivar os sentimentos pacíficos da meditação em nossas atividades diárias. É assim que podemos começar a provar os frutos de nossos esforços.
Quando a cura da mente se torna um hábito, nossa mente se torna como um grande rio. Embora o rio nem sempre pareça estar em movimento, se olharmos de perto, veremos como a água está lentamente indo em direção ao mar.
Tradução do original em inglês por Clara Luz.