O caminho budista não é apenas sobre acumulação de sabedoria. Ele igualmente requer o desenvolvimento de compaixão — uma empatia inteligente pelo sofrimento de todos os seres e a vontade de coração de liberá-los. Na iconografia budista, essa compaixão é personificada na bodisatva Kuan Yin, que se manifesta em qualquer lugar em que os seres precisem de ajuda.
Gerar essa compaixão não é somente bom para os outros, diz Christina Feldman, é bom para nós também. Ao dar prioridade aos outros, acabamos por afrouxar as amarras da nossa auto-fixação, e, ao fazer isso, avançamos um centímetro mais perto de nossa própria liberação.
Compaixão não é algo estranho para nós: sabemos como é se sentir profundamente tocado pela dor e sofrimentos dos outros. Todas as pessoas tem sua própria medida de pesar e luta nesta vida. Os corpos envelhecem, a saúde se torna frágil, as mentes podem ser acometidas por confusão e obsessão, corações podem ser partidos. Nós vemos muitas pessoas tendo que suportar o insuportável – fome, tragédias e dificuldades além do imaginável. Nossos entes queridos sofrem com doenças, dores, mágoas, e gostaríamos de lhes aliviar o fardo.
A história humana é uma história de amor, redenção e generosidade. Também é uma história de violência, divisão, negligência e crueldade. Em face de tudo isso, nós podemos nos suavizar, estender a mão e fazer tudo que pudermos para amenizar o sofrimento. Ou podemos escolher viver em negação e com medo – fazendo todo o possível para proteger nosso coração de ser tocado, com medo de nos afogarmos nesse oceano de lamentos.
De novo e de novo somos chamados a aprender uma das lições mais claras da vida: de que fugir do sofrimento – endurecer nossos corações, dar as costas à dor – é negar a vida e viver com medo. Então, por mais difícil que seja abrir nossos corações ao sofrimento, fazer isso é o caminho mais direto para transformação e liberação.
Compaixão e sabedoria estão no âmago do caminho do Buda. Nas primeiras histórias budistas encontramos jovens, homens e mulheres, fazendo as mesmas perguntas que fazemos hoje em dia: como podemos responder ao sofrimento que está embrenhado no próprio tecido da vida? Como podemos encontrar um coração realmente livre de medo, raiva e alienação? Existe uma forma de encontrar uma sabedoria e compaixão tão profunda que possa, genuinamente, fazer uma diferença neste mundo confuso e destrutivo?
Podemos ficar tentados a ver a compaixão como um sentimento, uma resposta emocional que sentimos ocasionalmente, quando nos sentimos tocados pelo encontro com uma dor aguda. Nesses momentos de abertura, as nossas camadas de defesa desmoronam; intuitivamente sentimos um imediatismo de resposta e temos um lampejo do poder da não-separação. Milarepa, um grande mestre tibetano, expressou isso quando disse, “assim como eu instintivamente estendo a mão para tocar e curar um machucado na minha perna como parte de meu próprio corpo, da mesma forma eu estendo a mão para tocar e curar a dor em outro, como parte deste mesmo corpo.” Na maioria das vezes, esses momentos de profunda compaixão desvanecem e, de novo, estamos nos protegendo, defendendo e nos distanciando da dor. Mesmo assim eles são vislumbres poderosos que nos encorajam a questionar, se a compaixão pode ser algo mais do que um acidente em que tropeçamos.
Não importa o quanto tentemos, não podemos nos forçar a sentir compaixão. Mas podemos inclinar nosso coração em direção à compaixão. Em uma das histórias, das primeiras literaturas budistas, o asceta Sumedha reflete sobre a imensa jornada interna necessária para encontrar sabedoria e compaixão inabalável. Ele descreve a compaixão como um tecido feito de muitos fios: generosidade, virtude, renúncia, sabedoria, energia, paciência, honestidade, determinação, bondade amorosa e equanimidade. Quando incorporamos todos esses em nossas vidas, desenvolvemos o tipo de compaixão que tem o poder de curar o sofrimento.
Alguns anos atrás, um velho monge chegou na Índia depois de escapar da prisão no Tibete. Ao encontrar com o Dalai Lama, ele contou dos anos em que passou encarcerado, as dificuldades e espancamentos que sofreu, a fome e solidão com que conviveu e as torturas pelas quais ele passou.
Num certo momento o Dalai Lama lhe perguntou: “Houve algum momento em que você realmente sentiu que sua vida estava em perigo?”
O velho monge respondeu: “Na verdade, a única vez em que me senti em risco foi quando eu senti perigo de perder a compaixão por meus carcereiros.”
Ao ouvir histórias como essa, geralmente nos sentimos encantados e céticos. Podemos ficar tentados a idealizar ambos, os que são compassivos e a própria qualidade da compaixão. Passamos a ver essas pessoas como santos, com poderes inacessíveis para nós. Contudo, histórias de grandes sofrimentos normalmente são histórias de pessoas comuns que encontraram a grandeza do coração. Para descobrir um coração desperto em nós mesmos é crucial não idealizar ou romantizar a compaixão. Nossa compaixão simplesmente cresce da nossa vontade de ir ao encontro da dor, em vez de fugir dela.
Talvez nós nunca nos encontremos numa situação de tamanho perigo, que nossas vidas estariam ameaçadas; mesmo assim, angústia e dor são, sem dúvida, partes da nossa vida. Nenhum de nós pode construir muros, ao redor do coração, que sejam invulneráveis às rachaduras da vida. Diante da tristeza que encontramos nesta vida, temos uma escolha: Nossos corações podem se fechar, nossas mentes recuar, nossos corpos contraírem e podemos experimentar o coração que vive em um estado de dolorosa recusa. Podemos, também, mergulhar profundamente dentro de nós mesmos para nutrir a coragem, estabilidade, paciência e sabedoria que nos permitem curar o sofrimento.
Se fizermos isso, vamos descobrir que a compaixão não é um estado particular. É um modo de se engajar com este mundo frágil e imprevisível. Seu domínio não é apenas o mundo daqueles que você ama e cuida, mas, igualmente, o mundo daqueles que nos ameaçam, nos perturbam e nos fazem mal. É o mundo de incontáveis seres que nunca conhecemos e que estão vivendo uma vida insuportável. A viagem mais importante na vida de um ser humano é descobrir o quanto nossos corações podem abarcar. Nossa capacidade de causar sofrimento e de curar o sofrimento vivem lado a lado dentro de nós. Se escolhemos desenvolver a capacidade de curar, que é o desafio de toda vida humana, vamos descobrir que nossos corações conseguem abranger muito, e podemos aprender a curar – ao invés de aumentar – as diferenças que nos separam dos outros.
No século primeiro, no norte da Índia, provavelmente o que hoje é parte do Afeganistão, o Sutra do Lótus foi composto. Um dos textos mais poderosos da tradição budista, ele é uma celebração do coração liberado, se expressando numa poderosa e ilimitada compaixão, atravessando todos os cantos do universo, aliviando o sofrimento onde quer que o encontre.
Quando o Sutra do Lótus foi traduzido pro chinês, Kuan Yin, “aquela que ouve os choros do mundo” emergiu como uma personificação da compaixão e ocupa um lugar central nos ensinamentos e práticas budistas desde então. Ao longo dos séculos, Kuan Yin tem sido retratada de várias formas. Às vezes apresentada como uma presença feminina, face serena, braços esticados e olhos abertos. Outras vezes ela segura um ramo de Salgueiro, simbolizando sua resiliência – sendo capaz de se curvar sob as piores tempestades sem se quebrar. Noutras vezes ela é representada com mil braços e mãos, cada um com um olho aberto em seu centro, retratando sua constante consciência do sofrimento e sua ampla capacidade de resposta. De vez em quando, ela toma a forma de uma guerreira armada com uma infinidade de armas, personificando o aspecto irado da compaixão, comprometida em desenraizar as causas do sofrimento. Uma protetora e uma guardiã, ela é totalmente envolvida com a vida.
Cultivar a vontade profunda de ouvir a tristeza aonde quer que a encontremos é dar o primeiro passo na jornada da compaixão. Nossa capacidade de ouvir segue lado a lado dessa vontade. Em nossas vidas podemos fazer esforços heróicos para nos proteger da angústia, que pode nos circundar e que vive dentro de nós, mas, na verdade, uma vida de negação e defesa é uma vida de ansiedade e dolorosa separação.
A verdadeira compaixão não é forjada distante do sofrimento, mas em seu fogo. Nós nem sempre temos uma solução para o sofrimento. Nós nem sempre conseguimos aliviar a dor. Contudo, nós podemos fazer o compromisso de permanecer conectados e ouvir profundamente. A compaixão nem sempre demanda atos heróicos ou grandes palavras. Nos tempos de angústia mais pesada, o que é realmente necessário é a presença destemida de uma pessoa que pode ser receptiva de todo o coração.
Pode parecer que estar atento e abrir nosso coração ao sofrimento nos faz sofrer mais. É verdade que ter consciência (awareness) traz consigo um aumento na sensibilidade do nosso mundo interno e externo. Ter consciência abre nossos corações e mentes à um mundo de dor e angústias, que antes apenas aparecia na superfície da consciência, como uma pedra pulando na superfície da água. Mas a consciência também nos ensina a ler nas entrelinhas e a ver além do mundo das aparências. Começamos a sentir a solidão, as necessidades e o medo nos outros, que antes eram invisíveis. Além das palavras de raiva, culpa e agitação, nós escutamos o coração fragilizado da outra pessoa. A consciência se aprofunda porque nós ouvimos com mais nitidez os choros do mundo. Cada um desses lamentos tem escrito em si um pedido a ser recebido.
A consciência nasce da intimidade. Nós só conseguimos ter medo ou odiar o que não entendemos ou aquilo que observamos de longe. Só conseguimos encontrar compaixão e liberdade na intimidade. Podemos temer a intimidade com a dor, uma vez que a sensação de desamparo nos assusta; temos medo de não ter a estabilidade interna para abraçar o sofrimento sem ficarmos sobrecarregados. Mesmo assim, a cada vez que encontramos a vontade de ir ao encontro do sofrimento, descobrimos que não somos impotentes. Ter consciência nos salva do desamparo, nos ensinando a sermos úteis por meio de nossa bondade, paciência, resiliência e coragem. A consciência é a precursora do entendimento e o entendimento é o pré-requisito para aplacar o sofrimento.
Shantideva, um mestre profundamente compassivo que dava ensinamentos na Índia, no século oito, disse: “O quê quer que você esteja fazendo, esteja consciente do seu estado mental. Faça o bem; esse é o caminho da compaixão”. Como seria a nossa vida se levássemos esse compromisso à todos nossos encontros? E se nós nos perguntássemos à quê estamos nos dedicando quando encontramos um mendigo na rua, uma criança em prantos, uma pessoa com quem temos dificuldades, ou alguém que nos decepciona? Nós não conseguimos sempre mudar o coração ou a vida de outra pessoa, mas nós sempre podemos cuidar do estado de nossas próprias mentes. Será que conseguiríamos soltar nossa resistência, julgamentos e medo? Será que conseguiríamos ouvir com todo o coração para entender o mundo de outra pessoa? Conseguiríamos encontrar a coragem para permanecer presentes, quando gostaríamos de fugir? Da mesma forma, conseguiríamos encontrar a compaixão para perdoar nossa própria vontade de desconectar? A compaixão é uma jornada. Cada passo, cada momento de cultivo, é um gesto de profunda sabedoria.
Vivendo na Ásia por muitos anos, eu ja encontrei uma quantidade sem fim de gente esmolando nas ruas. A cada vez que encontrava uma criança desamparada e magra eu me via julgando a sociedade que não conseguia nem cuidar de suas crianças carentes. Algumas vezes eu me sentia irritada, talvez deixando algumas moedas na mão da criança enquanto me assegurava que mantinha alguma distância dela. Eu discutia comigo mesma se estava apenas perpetuando a cultura de esmolar ao responder aos pedidos da criança. Levou um bom tempo para eu entender que, por mais que as moedas possam ter sido apreciadas, elas eram um detalhe secundário ao fato de que eu raramente me conectava com a criança.
Como a própria etimologia da palavra indica, “compaixão” é a habilidade de “sentir junto”, e isso envolve um salto de empatia e uma disposição de ir além dos limites de sua própria experiência e julgamentos. O que significaria me colocar no coração daquela criança carente? Como seria não saber se vou comer hoje, dependendo totalmente das esmolas de estranhos? Indo além da nossa zona de conforto, nossos corações podem estremecer; daí então temos a possibilidade de fazer o bem.
Milarepa uma vez disse: “Acostumado a contemplar longamente a compaixão, eu esqueci toda diferença entre eu e os outros.” Compaixão genuína não tem limites ou hierarquias. A menor tristeza é tão digna de compaixão quanto a maior angústia. A dor no coração que sentimos ao sermos traídos pede por compaixão tanto quanto uma pessoa no meio de uma tragédia. Aqueles que amamos e aqueles que desdenhamos pedem por compaixão; aqueles que não se pode culpar e aqueles que causam sofrimento estão todos contidos na tapeçaria da compaixão. Um velho mestre zen uma vez declarou: “Oh, que minhas vestes de monge fossem grandes o suficiente para envolver todo o sofrimento deste mundo flutuante.” Compaixão é a resposta do coração liberado à dor, onde quer que a encontre.
Quando vemos aqueles que amamos sofrendo, nossa compaixão é instintiva. Nosso coração pode se partir. E, ao se partir, pode se abrir. Nós somos mais gravemente testados quando encaramos a dor de alguém que amamos e sabemos que não podemos consertá-la. Nós tentamos blindar da dor aqueles que amamos, mas a vida continua a nos ensinar que nosso poder tem limites. A sabedoria nos diz que insistir em acreditar que a impermanência e a fragilidade não deveriam tocar aqueles que amamos, é cair no inimigo próximo da compaixão, que é apego aos resultados e a insistência de que a vida deveria ser diferente do que ela é.
Compaixão significa oferecer um refúgio àqueles que não tem refúgio. O refúgio nasce da nossa disposição de suportar o que às vezes parece insuportável – ver uma pessoa querida sofrendo. Soltar nossa insistência de que aqueles que amamos não deveria sofrer não é abandonar o amor, mas uma libertação da ilusão – a ilusão de que o amor pode proteger qualquer um dos ritmos naturais da vida. Quando estamos cara-a-cara com a dor de uma pessoa querida, somos chamados a entender o que significa ser firme e paciente em meio ao nosso próprio medo. Em nossos relacionamentos mais íntimos, amor e medo crescem simultaneamente. Um coração compassivo sabe que isso é verdade e não exige que o medo desapareça. Ele sabe que é só no meio do medo que podemos descobrir o destemor da compaixão.
Algumas pessoas, que carregam um longo histórico de baixa auto-estima ou de negação, podem achar muito difícil estender a compaixão à si mesmas. Cientes da vastidão de sofrimentos no mundo, podem achar que é auto-indulgência cuidar dos incômodos em seus próprios corpos, seus corações partidos ou suas mentes confusas. Mas isso também é sofrimento e a verdadeira compaixão não faz diferença entre si e os outros. Se não sabemos como abraçar nossas próprias fraquezas e imperfeições, como podemos imaginar que teríamos espaço, no nosso coração, para todos os outros?
Buda disse uma vez que você pode procurar pelo mundo inteiro e não encontrar ninguém mais digno de amor e compaixão do que você mesmo. Mas, ao contrário, muitas pessoas acabam direcionando para si, níveis de dureza, exigência e julgamento que nunca sonhariam em direcionar à outras pessoas, por saber do mal que iriam causar. Elas estão dispostas a fazer consigo o que nunca fariam com outros.
Na busca por uma compaixão idealizada, muitas pessoas podem se negligenciar. A compaixão “ouve os choros do mundo” e nós somos parte desse mundo. O caminho da compaixão não nos pede para abandonamos a nós mesmos no altar de um estado idealizado de perfeição. Um caminho de cura não faz distinções: dentro da tristeza das nossas próprias frustrações, decepções, medos e amarguras, aprendemos as lições de paciência, aceitação, generosidade e, finalmente, compaixão.
A compaixão mais profunda é nutrida no meio do sofrimento mais profundo. Diante da luta daqueles que amamos ou dos inocentes do mundo, a compaixão surge instintivamente. Diante de pessoas que causam dor em outros, precisamos mergulhar fundo em nós mesmos para encontrar a firmeza e compreensão que nos permitem permanecer abertos. Se conectar com aqueles que causam sofrimento é uma prática difícil, mesmo assim, a compaixão se torna rasa se der as costas àqueles que – perdidos em ignorância, raiva e medo – machucam os outros. A montanha de sofrimento do mundo nunca diminuirá acrescentando-se mais amargura, ressentimento, raiva e culpa.
Thich Nhat Hanh, o amado professor vietnamita disse: “Raiva e ódio são os materiais do qual o inferno é feito”. Não é que o coração compassivo nunca vá sentir raiva. Diante de injustiças terríveis, opressão e violência no nosso mundo, nossos corações vão tremer não só por compaixão, mas também por raiva. Uma pessoa sem raiva pode ser uma pessoa que nunca foi profundamente tocada por atos prejudiciais, que marcam a vida de muitas pessoas. A raiva pode ser o começo do abandono ou o começo do compromisso de ajudar os outros.
Nós podemos nos tornar alertas ao sermos expostos ao sofrimento e essa consciência pode se tornar parte do tecido do nosso ódio ou parte do tecido de ações sábias e compassivas. Se nos alinharmos com o ódio, nós, igualmente, nos alinhamos com aqueles que causam prejuízos. Nós também podemos nos alinhar com um compromisso de extinguir as causas do sofrimento. É fácil esquecer a representação de Kuan Yin como uma soldada armada, profundamente dedicada a proteger todos os seres, destemida e decidida a acabar com o sofrimento.
Raramente palavras de cura e reconciliação nascem de um coração agitado. Uma das grandes artes no cultivo da compaixão é perguntar se podemos incluir a raiva, sem culpa. A culpa agita nossos corações, os mantém contraídos e finalmente leva ao desespero. Renunciar à culpa é manter a sabedoria discriminativa, que sabe exatamente o que é e o que causa o sofrimento. Abdicar da culpa é abdicar da separação que torna a compaixão impossível.
A compaixão não é algo mágico que instantaneamente acaba com todo o sofrimento. O caminho da compaixão é altruísta, mas não idealista. Seguir este caminho não requer que abandonemos nossas vidas, encontremos uma solução para todos os problemas do mundo ou imediatamente resgatar todos os seres. Somos chamados a explorar como podemos transformar nossos próprios corações e mentes a cada instante. Podemos entender a transparência da divisão e da separação? Podemos liberar nossos corações da má vontade, medo e crueldade? Podemos encontrar a firmeza, paciência, generosidade e compromisso de não abandonar nada ou ninguém deste mundo? Podemos aprender a escutar profundamente e encontrar o coração que treme diante do sofrimento?
O caminho da compaixão é cultivado um passo e um momento de cada vez. Cada um desses passos diminui a montanha de tristeza do mundo.
Texto de Christina Feldman publicado originalmente em Lions Roar.
Tradução: Marcos Bauch e Fábio Rodrigues.